terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

EPPS

Somos duas das alunas que pertencem ao curso de auxiliares de infância. Estudamos na escola profissional de pedagogia social, onde aprendemos uma variedade de coisas. Agora estamos na aula de TIC com o professor Paulo Castro, um professor extraordinário, que nos ensinou a fazer este blog. Pretendemos neste blog mostrar o que aprendemos durante as nossas aulas e quem somos.

Literatura infantil

Este trabalho que vos apresentamos foi feito no âmbito da disciplina de Metódos de estudo sobre a literatura na infância.


. Desenvolvimento da literatura infantil

As histórias eram vistas em desenhos, rochas e paredes das cavernas. Com a invenção da escrita estas foram gravadas, transcritas e compartilhadas. A história infantil antes de passar á escrita era contada oralmente, fazia parte da tradição oral e era transmitida de pais para filhos.
Foi apenas no final do século XVII que surgiram os primeiros livros para crianças, escritos por professores e psicólogos com o objectivo de ensinar valores (carácter didáctico) e ajudar a enfrentar a realidade social, mas nessa altura era considerada pelos adultos um brinquedo para divertir as crianças.
Os primeiros modelos de histórias infantis não contavam apenas sobre contos de fadas mas sim um projecto educativo e didáctico como forma de exercitar o imaginário das crianças.
A literatura infantil evoluiu bastante ao longo dos anos pois foram descobertas novas maneiras de contar uma história através das lenga-lengas, mitos, fábulas, parábolas... estas histórias são antigas, ouve se e fala se delas porque têm vindo de gerações em gerações ,são narrativas tradicionais e antigas. hoje em dia existem mais contos de fadas, o que nao havia antigamente... Como aparecimento da psicologia os escritores foram modificando e melhorando a sua forma de escrita adaptando-a ao modo de interpretação das crianças, facilitando a sua compreensão e imaginação.
Hoje, as histórias infantis são escritas de forma cuidadosa para que nas escolas e creches utilizem este material como instrumento de aprendizagem das crianças. Podendo assim desenvolverem se na sociedade com mais facilidade. Conseguindo tambem relacionar-se com as outras crianças com mais abertura! Hoje em dia as histórias ensinam bastante a uma criança... nao só vendo e destiguindo o bem do mal , como muitas outras coisas. Antigamente as histórias tinham bastante a “moral da história” ou os ditados populares ajundando a perceber o que se devia ,ou não ,fazer.
1.2 - Contexto psicológico

. A imaginação da criança

Deve se observar com a criança as mentiras que ela inventa. Para as crianças, às vezes, o real anda de mãos dadas com o imaginário. Quando inventam, não mentem intencionalmente, apenas imaginam. Existe um pequeno sonhador e orientar a sua imaginação. A criança costuma misturar o real com o imaginário. Não sabe onde termina um e começa o outro. Branca de Neve, Capuchinho Vermelho, a bruxa ou o dragão podem ser companheiros de jogos. Como por exemplo: "Mãe – diz Maria de quatro anos – a Branca de Neve diz que me vai levar ao bosque para conhecer os sete anões..."
A criança deve dar asas à sua imaginação para criar e, através da criatividade, desenvolver a sua inteligência. A criança precisa de sonhar com personagens de ficção. Gnomos, princesas, gigantes e fadas fazem parte do seu mundo mágico. São os protagonistas criados pela imaginação infantil, através de inumeráveis histórias. Educar o filho longe das fantasias próprias da sua idade é converte-lo num pequeno-homem antes do tempo. A criança distingue-se do adulto pela capacidade e também pela necessidade de abstracção da realidade: pode falar com sereias, pensar que é um índio, vestir a bata de médico e operar o seu irmão e, logo a seguir, chamar a mãe para o levar à casa de banho, isto em menos de meia hora. Interpretou quatro histórias fantásticas, mas no fim já era o mesmo menino, o mesmo filho da sua própria mãe... Para se crescer bem, tem que se passar


por algumas situações desde que se nasce até morrer, e a fantasia ocupa um lugar muito importante nos primeiros anos da vida. Todas as crianças gostam de imaginar. Gostam de acreditar que certas personagens são reais, como o Super-homem ou o Pai Natal. Coisas que a nós, adultos (lembrando-nos ou não), fizeram-nos muito felizes. Nenhuma criança deve ficar traumatizada por descobrir que não existem. Pelo contrário, a época do Natal (e outras), convertem-se em festas alegres para as crianças, que põem a trabalhar toda a sua imaginação.
Uma criança sem imaginação será, mais tarde, um adulto intelectualmente pobre. Tem que haver um empenho em dar á criança todas as oportunidades possíveis para que imagine, crie e desenvolva o seu cérebro.

1.3 Contexto prático



. Como contar histórias ás crianças?

Existem várias maneiras de contar uma história a uma criança. Podemos exprimir-nos através de gestos, voz, materiais de apoio, expressão facial, entre outros. A entoação de voz é bastante importante para que as crianças ouçam claramente o que se conta e tenham maior participação no decorrer da história.
Quando se escolhe um livro para ler, deve-se ter em conta a ligação com o sexo das crianças, o contexto, o ambiente familiar, a transmissão de valores e a idade. O movimento do corpo, os ruídos e o local são também alguns dos aspectos importantes para contar uma história.
A pessoa que conta a história deverá ter uma relação próxima com a criança, assim esta sentirá maior confiança, paz e segurança. Pois estará com mais atençao e estará mais á vontade para rir, brincar, ouvir e interagir na história.
Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões do nosso tempo e problemas sociais, inerentes ao homem. A criança ao ouvir essa história (que gostará certamente) estará mais preparada para se integrar num grupo ,e na sociedade. Sabendo de maneira “discreta” o problemas da sociedade e vendo o que é bom e o que é mau na história ,e assim na sociedade.
Ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com a criança. Não basta apenas identificar palavras, mas faze-las ter sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais importante.
1.4 - Contexto pedagógico



. Objectivo das histórias



A literatura infantil é um instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo trabalhando a imaginação, capacidade de raciocínio. A literatura infantil tem como objectivo proporcionar momentos de prazer, convívio, lazer e alegria através dos livros, e das histórias, da poesia e da brincadeira. A literatura é importante para estimular a imaginação, a criatividade e auto-estima a todas as crianças. Por outro lado quanto mais estimuladas a ouvir a literatura tradicional, mais as crianças a aperciarão.recordamos aqui aimportancia dos contos tradicionais que ajudam a manter o património cultural do nosso pais.
Tem de se sensibilizar as crianças para a importância da leitura e do livro, deve-se enriquecer o universo cultural e literário, ampliando assim a experiência de vida de cada pessoa ou criança.quantos mais livros uma criança ler\ouvir\contar, maior seráo seu imaginárioe abertura para o mundo exterior,assim deve-se sempre fortalecer o gosto pela leitura e pela escrita na criança.

2. Importância das histórias



A Literatura Infantil é importante na formação da criança em relação a si e ao mundo à sua volta.mal a criança se situa na história a imaginaçao começa a trabalhar. A criança faz a diferença entre as personagens boas e más, belas ou feias, poderosas ou fracas.
Exemplo:
Era uma vez uma menina chamada capuchinho vermelho que vivia na floresta. Um dia a mae pediu-lhe que fosso f«visitar a avó, que estava doente. A mae disse.lhe que fosso pela estrada e que nao fosso pela floresta pois havia um lobo que era maue queria comer uma menina!a capuchinho vio o lobo mal saiu de casa e ele perguntou-lhe onde ia... ela disse “vou a casa da minha avó que está muito doentinha!” . o lobo de seguida disse para capuchinho ir por um caminho que era mais rapido (...)
No fim o lobo tenta comer capuchinho mas nao consegue porque aparece um caçador que a salva...a ela e á sua avó... e enche a barriga do lobo de pedras!
Uma crinça ao intrepertar esta história, sabe automáticamente que o lobo é mau e que ,no fim, o bom da história é o caçador. Que se deve obedecer sempre aos nossos pais e que se um adulto talvez lhe diga... não se deve confiar em estranhos (como o lobo).
A criança identifica-se com o herói da história superando o medo podendo assim enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta. Quando lemos uma história a uma criança estamos a fazer com que identifique palavras com sentido, compreendendo-as, interpretando-as, relacionando-as. As Histórias permitem que as crianças conheçam e compreendam o mundo em que vivem. Quando as educadoras sentam a turma no tapete para contar uma história estão a proporcionar á criança um tempo de lazer, brincadeira e divertimento. É ouvindo as histórias que as crianças sentem emoções importantes para o seu desenvolvimento como a tristeza, raiva, bem-estar, medo, alegria que fazem com que esta viva profundamente cada momento da história. É através das histórias que podemos viajar no tempo e descobrir outros lugares, outros tempos, outra maneira de estar e ser. As histórias são essenciais para as determinações da visão da realidade expostas a um mundo de constantes mudanças.
3. A fantasia a realidade e a criança


Fantasia é um género de arte que usa a magia e outras formas sobrenaturais como o elemento principal/primário de uma história. As histórias funcionam como um “meio” entre a fantasia e a realidade, servindo como meio de aprendizagem e conhecimento do mundo exterior. Assume um papel de grande importância na construção da personalidade e definição de valores de cada criança.
As histórias começam desde muito cedo a entrar na vida e do desenvolvimento da criança, mas essa importância e preponderância não termina com o crescimento, continuando até ao fim da vida a constituir um factor importante para a estabilização da personalidade.
O facto das histórias estarem presentes no desenvolvimento de uma criança e intervir directamente no processo de socialização, indica que este é uma parte integrante da cultura e uma das características incontornáveis da sociedade.
Existem muitas formas de icentivar uma criança a apreciara leitura e incentiva-la a ler, como por exemplo os clássicos contos de fada e o que eles proporcionam a uma criança.há muitas crianças com necessidades de aprender a encontrar um sentido e um significado na vida.
Os contos utilizam como base de suas histórias os maiores conflitos da humanidade. Assim ao ler/ouvir um conto a criança está a ler, não só os seus conflitos mas os de todos os seres humanos que vivem e já viveram no mundo. Com as histórias dos outros ela pode se tornar capaz de resolver seus próprios problemas e, ainda, vai sentir-se forte para enfrentá-los.
Ao mesmo tempo que aprende a viver com seus problemas ,a criança, aprende que os seus problemas são também de outras crianças, ou seja, não é a única que está a passar pela mesma situação. os contos começaram a ser contados foram sendo aperfeiçoados “passaram a falar simultaneamente a todos os níveis da personalidade humana, comunicando de uma maneira que atinge a mente ingênua da criança... transmitem importantes mensagens à mente consciente, à pré-consciente, e à inconsciente, em qualquer nível que esteja funcionando no momento.”
4. A interpretação das histórias pelas crianças


História é uma narração dos acontecimentos passados relativos ao homem e á sociedade humana. Conjunto de sucessos narrados pelos historiadores composta por um escritor sobre um povo ou personagem. Podemos ainda definir história como um relato de qualquer sucesso ou aventura, fabula ou narração inventada, lendas contos e lengalengas.
A história situa-se no ponto de vista social, psicológico, histórico, pedagógico, filosófico e prático.
As histórias dividem-se em três tipos: contos, fabulas, lendas, mitos e parábolas. As primeiras formas de narrativa eram orais, através de gestos e expressões: as palavras eram faladas de uma pessoa para outra transmitindo uma mensagem ou sentimento. As histórias também eram vistas em desenhos, rochas e nas paredes das cavernas. Com a invenção da escrita as histórias foram gravadas, transcritas e compartilhadas. Á medida que as actividades humanas se tornaram mais refinadas e complexas, as histórias visuais foram sendo apresentadas em imagens gravadas em madeira, bambu, marfim e pedra, pintadas sobre tela, seda e papel, gravadas em filme e armazenadas electronicamente como imagens digitais.

Quando a criança ouve uma história contada por um adulto, a sua capacidade de raciocínio e principalmente o seu imaginário começam a trabalhar, criando uma visualização própria do que se conta. Hoje em dia as educadoras usam muito este método de aprendizagem como forma de proporcionar e trabalhar a fantasia, a realidade e o imaginário da criança. Assim, o imaginário faz com que a criança crie o seu mundo á parte, o seu sonho, o seu lugar, o seu personagem, o seu ideal criando um mundo onde só ela pode mandar e modificar. As histórias proporcionam ainda á criança referências importantes para o seu vocabulário e desenvolvimento. Ao ouvir uma história a criança está em contacto com a mãe ou pai estabelecendo uma relação mais intensiva e também em contacto com a linguagem.